quinta-feira, 23 de abril de 2015

Espécies Invasoras

Por todo o planeta, principalmente devido à acção do Homem, são muito comuns os casos de espécies introduzidas em regiões onde não ocorrem naturalmente. Estas espécies são geralmente identificadas como espécies invasoras.
Uma espécie quando introduzida num território onde não seja indígena, acaba por desequilibrar o funcionamento de um ecossistema, empobrecendo e homogeneizando os sistemas ecológicos, o que leva a uma redução da biodiversidade, bem como ao declínio ou extinção de espécies nativas e degradação de habitats. A introdução de doenças, os cruzamentos genéticos com espécies indígenas ou a predação são mais alguns exemplos do impacto que as espécies invasoras podem ter.
Apesar das invasões de espécies poderem ocorrer de forma natural, o Homem tem vindo a aumentar drasticamente a taxa de invasoras em todo o planeta ao longo dos anos, sendo que a sua acção implica consequências negativas no equilíbrio ecológico dos ecossistemas, na sociedade e mesmo na economia, afectando os serviços naturais fornecidos pela natureza. Este é um problema para o qual a sociedade necessita de ser educada com alguma urgência, de forma a evitar os impactos indesejáveis que a introdução de espécies pode causar. Embora este seja um desafio ambiental por todo o mundo, a realidade é que ainda não é encarado, ou devidamente reconhecido pela sociedade. 
Em Portugal este é um problema identificado, desde 1999 de forma legislativa no Decreto-Lei nº 565/99, que apesar de reconhecer que impedir ou retardar a expansão de uma espécie invasora acaba por ser muito dispendioso e talvez impossível, a solução passa por prevenir e evitar a sua libertação na natureza!
Por isso, se proíbe a compra, a venda, o cultivo, a criação e a utilização como planta ornamental ou animal de companhia de espécies consideradas como invasoras ou de risco ecológico.

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