Mamíferos

Nome científico: Sciurus vulgaris, Linnaeus
Nome comum: esquilo-vermelho, esquilo-comum
Família: Sciuridae 
Este roedor diurno apresenta um comprimento entre 20 a 25 cm sem cauda, sendo esta a característica mais proeminente deste esquilo, apresentando-se espessa e comprida. A cor da pelagem pode variar desde pardo-avermelhado a castanho-acinzentado, sendo a cor vermelha mais comum e a que dá o nome a este esquilo, sendo que o ventre é sempre branco-creme. A sua pelagem difere entre estações, sendo que no inverno as suas orelhas exibem tufos de pêlos bastante compridos. É um animal normalmente solitário sendo maioritariamente encontrado em árvores, apresentando-se como um trepador extraordinário devido às suas garras afiadas e curvas, usando também a sua cauda como ponto de equilíbrio, permitindo-lhe efectuar saltos ágeis. Alimenta-se de sementes, nozes, bagas, cogumelos, podendo também apanhar insectos.
Pode ser encontrado quase por toda a Europa, em bosques de caducifólias e coníferas, podendo também ser encontrado em parques e jardins com alguma frequência. Em Portugal ocorreu um decréscimo acentuado das populações de esquilos-vermelhos nos últimos séculos, sendo que no início dos anos 90 o seu número tem vindo a aumentar no território português apresentado agora várias populações.   


Nome científico: Equus ferus caballus
Nome comum: Cavalo
Família: Equidae
Este é um dos animais mais simbólicos para o Homem, tendo tido um papel preponderante na evolução da sociedade. É uma das três subespécies da espécie Equus ferus, correspondendo ao cavalo doméstico. Os cavalos são animais sociais, vivendo em grupos, por vezes de grande número, podendo viver entre os 25 e 40 anos. A existência de cavalos na Península Ibérica data de cerca de 6000 anos, estando concentrados neste local devido à existência de florestas menos densas que a restante Europa. Os cavalos selvagens foram difundidos pela Europa e Ásia na pré-história, sendo os seus números drasticamente reduzidos devido à caça ou domesticação o que levou a uma estreita relação, ao longo da evolução, entre o Homem e o cavalo. Este era utilizado maioritariamente como transporte, mas também em trabalhos agrícolas e comércio, tendo sido intensamente utilizado durante as grandes guerras da história até meados do século XX. Devido a esta evolução conjunta com o Homem o cavalo foi evoluindo de diferentes formas consoante o local, existindo hoje em dia diversas raças de cavalos com características especificas. Actualmente existem poucos grupos de cavalos selvagens.  


Nome científico: Oryctolagus cuniculus, Linnaeus
Nome comum: Coelho-europeu, coelho-bravo, coelho-comum
Família: Leporidae
Este mamífero lagomorfo de cerca de 40 cm e pouco mais de 1kg, existe no estado selvagem sendo uma das espécies com mais subespécies domesticadas por todo o mundo, sendo utilizado como alimento, a sua pele na área do vestuário ou apenas como animais de estimação. É um animal que vive em colónias construindo tocas comunitárias, tendo preferência por locais com arbustos mais altos ou zonas adjacentes às árvores de forma a conseguirem abrigo facilmente. A sua actividade é maioritariamente nocturna, procurando alimento nas horas de pouca luz evitando deste modo predadores, sendo o coelho-europeu uma espécie-chave em diferentes cadeias alimentares de espécies em risco de extinção como é o caso do lince-ibérico. Na Península Ibérica as populações deste mamífero têm sofrido reduções devido a factores como doenças, acção do Homem e perda de habitat existindo nesta altura esforços no sentido de proteger o coelho-bravo. 
Tendo em conta a sua grande capacidade de reprodução a sua domesticação levou a que houvesse um certo descontrolo de animais em determinadas zonas, e após o Homem o ter inserido na Austrália, local sem inimigos naturais e com abundância de alimentação, este se tornou numa praga biológica. Apesar de várias tentativas como a construção de uma cerca que dividisse a “terra do Homem” da “terra dos coelhos”, não existe ainda uma solução para o controlo dos coelhos nessa região.


Nome científico: Dama dama, Linnaeus
Nome comum: gamo
Família: Cervidae
O gamo é um mamífero ruminante de características semelhantes ao veado, sendo diferenciado pela cauda comprida e pelas hastes achatadas na sua parte superior, sendo um animal sociável e gregário. Como herbívoro, a sua dieta depende da estação do ano, alimentando-se de arbustos ou frutos no Verão e raízes e cereais no Inverno.
Sendo uma espécie nativa da Turquia, Irão e sul da Europa o gamo foi introduzido com sucesso um pouco por toda a Europa, podendo ser encontrado em zonas de pinhal ou de montado, bem como matagais, estando bem adaptado a uma grande diversidade de habitats na Europa, desde os bosques mediterrâneos abertos a florestas maduras de folha caduca ou de coníferas. Em Portugal, a maioria dos gamos encontram-se dentro de áreas limitadas, como parques ou zonas privadas destinadas a caça, não havendo registo de populações selvagens, no entanto existem alguns animais dispersos. 
Está classificado com estatuto de conservação Pouco Preocupante quer em Portugal quer a nível internacional, encontrando-se protegido em diversas zonas da Europa. Na Península Ibérica o gamo constitui um papel importante na cadeia alimentar do lobo-ibérico e do lince-ibérico.


Nome científico: Felis catus, Linnaeus
Nome comum: gato-doméstico
Família: Felidae
O gato-doméstico é uma espécie de felídeo, de tamanho e peso variável, tendo em média cerca de 46 cm de comprimento sem cauda. O pelo pode ser curto ou comprido apresentando uma grande variedade de cores e padrões. O gato-doméstico pode ter mais do que uma ninhada por ano. Este é um dos animais mais conhecidos e dos primeiros a serem domesticados pelo Homem, sendo que os primeiros registos datam de há mais de 9000 anos mas estima-se que a associação com o ser humano seja ainda mais antiga. Esta espécie é uma adaptação evolutiva do gato-selvagem, que devido a cruzamentos se tornaram menores e menos agressivos.
Dentro da espécie podem ser encontradas mais de 250 raças distintas. 

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