“Tradicionalmente, alguém se torna biólogo ou por formação na área médica ou por ter sido um jovem naturalista. Hoje, é comum para um jovem se empolgar com as ciências da vida através dos meios de comunicação, sobretudo por filmes sobre a natureza na televisão, de visitas a um museu, (geralmente à sala dos dinossauros) ou de um professor inspirador. Há também milhares de jovens observadores de pássaros, alguns dos quais acabarão se tornando biólogos profissionais (como foi o meu caso). O ingrediente mais importante é a fascinação diante das maravilhas das criaturas vivas. E isso permanece com a maioria dos biólogos para o resto da vida. Eles nunca perdem a empolgação com a descoberta científica, seja ela empírica ou teórica, nem o amor pela perseguição de novas ideias, novos vislumbres, novos organismos. E muita coisa na biologia tem uma relação directa com as circunstâncias e com os valores pessoais do biólogo. Ser um biólogo não significa ter um emprego; significa escolher um estilo de vida.”